quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Samba meu


Sou cria do samba
De sangue de bamba
Perfil de bacana
De gente malandra

Meu berço foi o terreiro
Com swing o dia inteiro
Meu brinquedo era o pandeiro
Precioso amuleto!

Introjetado na veia
O batuque, a cadência
Mas jamais a ausência
De uma arte faceira

Sambo sob o raiar do dia
Ou após o cair da noite
Pois o dormir da bateria
Faz do silêncio um açoite

Continuarei a sambar
Impossível parar
E se o corpo arredar
Sambarei mais um pouco pra descansar

Ta no pé, ta na mão
Da boca uma anunciação
A eternidade é uma afirmação
Traduzida no batuque do coração

                                                   [Thiago Braz]

P.S.: Dedicado a Lane e Edyy =]

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